Publicado em: 17 Fevereiro 2023

Equipa da Universidade de Aveiro promove actividades científicas cidadãs com escolas da região de Aveiro

Temos o prazer de anunciar que algumas actividades do projecto "CARE - Arenas Cidadãs para uma melhor qualidade ambiental e utilização de recursos nas cidades SMART-ER" já tiveram início em Portugal. Até agora, o projecto mobilizou quase 100 alunos e professores de duas escolas da Comunidade Intermunicipal de Aveiro, Centro de Portugal, nomeadamente Escola Secundária de Vagos e Escola Básica "João Afonso de Aveiro". As actividades têm sido centradas na componente de biodiversidade do projecto e, muito em breve, iremos lançar as actividades relacionadas com a qualidade do ar e da água, gestão e reutilização de resíduos alimentares e criação de conteúdos digitais, visando sensibilizar os cidadãos para os actuais desafios ambientais, nomeadamente a urgência de gerir os recursos disponíveis de forma eficiente e inteligente dentro das cidades e regiões SMART-ER envolvidas. Como exemplo das actividades em curso, o investigador e coordenador local do projecto CARE na Universidade de Aveiro, Roberto Martins, visitou as quatro turmas envolvidas no projecto, em Novembro e Dezembro, para promover "arenas de cidadãos" num contexto de sala de aula, em que os estudantes foram desafiados a assumir um papel central na co-criação de questões científicas relacionadas com os impactos das actividades antropogénicas na lagoa costeira da "Ria de Aveiro", uma área ambiental protegida, que culminou na preparação e implementação de um subpiloto relacionado com a monitorização espaço-temporal e os impactos ambientais e socioeconómicos da proliferação de espécies invasoras nessa lagoa costeira. Após essas sessões, estudantes e professores, na qualidade de cidadãos-cientistas, visitaram sistematicamente vários locais da "Ria" para monitorizar a distribuição e densidade de algumas espécies de invertebrados, numa estratégia de envolvimento e sensibilização que resultará em dados que serão de interesse para a comunidade científica, autoridades locais e sociedade. Após esta fase, os estudantes terão a oportunidade de analisar, partilhar e discutir os dados com outros intervenientes locais (por exemplo, pescadores, ostreicultores), seguindo uma abordagem intergeracional, bem como preparar materiais de comunicação e disseminação em português e inglês. Aproveitamos esta oportunidade para reconhecer professores e alunos profundamente empenhados no projecto e na Câmara Municipal de Vagos, fornecendo recursos valiosos (por exemplo, pessoal, autocarro, tempo) para a implementação do subpiloto.

Em Janeiro abriremos uma bolsa de investigação para a realização de uma tese de mestrado e quatro bolsas de iniciação à investigação para apoiar as nossas actividades. Fiquem atentos se quiserem colaborar neste projecto!